Adolescentes e procedimentos estéticos têm se tornado um tema cada vez mais discutido entre famílias, médicos e especialistas em saúde. Milton Seigi Hayashi, médico e cirurgião plástico, explica que a decisão de realizar intervenções nessa fase da vida deve ser cuidadosamente analisada, levando em consideração fatores físicos, emocionais e sociais. Este artigo aborda os principais pontos que pais e adolescentes precisam compreender antes de optar por qualquer procedimento estético.
Por que adolescentes buscam procedimentos estéticos?
A adolescência é marcada por intensas transformações físicas e emocionais. Nessa fase, a busca por aceitação e autoestima pode levar muitos jovens a desejar mudanças na aparência. Entre os procedimentos mais procurados estão a correção de orelhas, rinoplastia e tratamentos para acne. De acordo com Milton Seigi Hayashi, compreender a motivação do adolescente é essencial para diferenciar quando há uma necessidade real ou quando o desejo surge apenas da influência de padrões sociais e pressões externas.
Os riscos de procedimentos estéticos em adolescentes são semelhantes aos de adultos, mas devem ser avaliados com ainda mais cautela devido ao desenvolvimento físico em andamento. O corpo nessa fase ainda está em crescimento, e intervenções precoces podem comprometer resultados futuros ou até gerar complicações. O acompanhamento médico é indispensável para avaliar se o organismo já atingiu maturidade suficiente para passar por uma cirurgia ou tratamento estético.
Qual o papel da família na decisão?
A participação da família é fundamental no processo de decisão. Pais ou responsáveis devem estar atentos às razões que levam o adolescente a desejar a mudança e avaliar se há impactos psicológicos envolvidos. Além disso, precisam garantir que a escolha seja consciente e não apenas uma resposta a modismos ou comparações sociais. Segundo especialistas, o apoio emocional da família ajuda o adolescente a entender melhor os riscos, os benefícios e as responsabilidades que acompanham qualquer procedimento.

A autoestima tem papel central na motivação para realizar procedimentos estéticos. Muitos adolescentes enxergam na cirurgia ou em tratamentos uma solução imediata para inseguranças pessoais. No entanto, a saúde emocional precisa estar fortalecida antes da decisão, para que os resultados não sejam vistos como única fonte de felicidade. Milton Seigi Hayashi ressalta que é importante avaliar o estado psicológico do adolescente e, quando necessário, contar com a orientação de profissionais da área de saúde mental.
Quais procedimentos estéticos são mais comuns na adolescência?
Entre os procedimentos mais realizados nessa faixa etária estão:
- Otoplastia (correção de orelhas proeminentes)
- Rinoplastia (ajuste do nariz)
- Tratamentos para acne e cicatrizes
- Correções de ginecomastia em adolescentes do sexo masculino
Conforme Milton Seigi Hayashi, não existe uma idade fixa para realizar procedimentos estéticos, mas sim o momento adequado, que varia de acordo com a maturidade física e emocional do adolescente. O ideal é que a decisão seja tomada com base em avaliações médicas detalhadas e após diálogo franco entre o jovem, a família e o cirurgião plástico.
Caso o procedimento seja realizado, o pós-operatório deve ser seguido com disciplina. Isso inclui repouso, uso de medicamentos prescritos, consultas de acompanhamento e obediência às orientações médicas. Além da recuperação física, é importante monitorar como o adolescente lida emocionalmente com as mudanças estéticas.
Responsabilidade ao decidir sobre procedimentos estéticos na adolescência
A decisão sobre adolescentes e procedimentos estéticos exige cuidado, diálogo e responsabilidade. Não se trata apenas de alterar a aparência, mas de considerar a saúde física, a maturidade emocional e os impactos sociais dessa escolha. Milton Seigi Hayashi frisa que o caminho mais seguro é sempre buscar orientação profissional qualificada, alinhar expectativas e garantir que a decisão seja baseada em necessidades reais, e não em pressões externas.
Autor: Viktor Kolosov