Francisco Gonçalves Perez destaca que entender os indicadores como PIB, inflação e Selic não é um privilégio de especialistas. Essas variáveis influenciam diretamente a vida de qualquer pessoa, do preço da comida ao valor de um financiamento. Quando compreendidas, elas ajudam a tomar decisões mais conscientes sobre consumo, investimentos e planejamento financeiro.
Esses indicadores funcionam como termômetros da saúde econômica do país. Eles revelam o ritmo da produção, o aumento de preços e o custo do crédito. Embora pareçam distantes, impactam diretamente o bolso do cidadão comum. Por isso, acompanhar esses dados e entender seus efeitos práticos se tornou essencial, sobretudo em tempos de instabilidade econômica.
Por que o PIB importa no dia a dia de quem não é economista?
O Produto Interno Bruto (PIB) mede a soma de todos os bens e serviços produzidos no país em um período. Quando ele cresce, em geral, há mais emprego, renda e consumo. Já a queda do PIB pode indicar desaceleração, afetando setores como comércio, indústria e serviços. Francisco Gonçalves Peres explica que isso se reflete no cotidiano: menos contratações, aumento da concorrência e maior dificuldade para manter o padrão de vida.
Entender o PIB ajuda também a avaliar momentos de oportunidade. Se o índice cresce de forma consistente, pode ser hora de investir, buscar capacitação ou empreender. Quando há retração, a estratégia pode ser economizar, reduzir riscos e evitar dívidas desnecessárias. O importante é que o cidadão perceba que esse número traduz tendências concretas que podem orientar escolhas pessoais e profissionais.

Como a inflação afeta o que você compra e planeja?
A inflação representa o aumento generalizado dos preços e afeta diretamente o poder de compra da população. Quando ela está alta, o dinheiro “vale menos”, o que exige maior atenção aos gastos e revisões no orçamento familiar. Francisco Gonçalves Peres destaca que a inflação corrói o salário, encarece alimentos, combustíveis e serviços, e pode atrapalhar até planos de médio prazo.
No dia a dia, isso significa que quem não ajustar sua rotina ao ritmo da inflação pode perder controle financeiro. Comprar por impulso, deixar de comparar preços ou manter aplicações que rendem abaixo da inflação são armadilhas comuns. Monitorar esse índice ajuda a adaptar hábitos de consumo, renegociar contratos e buscar formas mais seguras de preservar o valor do dinheiro ao longo do tempo.
De que forma a taxa Selic influencia o seu bolso?
A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Quando ela sobe, os juros de empréstimos e financiamentos também aumentam, tornando o crédito mais caro. Em contrapartida, aplicações como Tesouro Direto e CDBs tendem a render mais. Se você pretende financiar um imóvel, comprar um carro ou parcelar uma compra longa, a Selic interfere diretamente no valor final. Quando a taxa está em alta, o ideal é repensar o momento da compra. Já quem tem reserva financeira pode aproveitar rendimentos maiores em investimentos de renda fixa.
Para pensar melhor nas próximas decisões
Mesmo que pareçam técnicos à primeira vista, indicadores como PIB, inflação e Selic têm impacto real e direto na vida de cada brasileiro. São eles que ajudam a prever comportamentos do mercado, identificar riscos e traçar estratégias mais seguras para o uso do dinheiro. Francisco Gonçalves Peres conclui que democratizar o acesso à informação econômica é um passo importante para fortalecer a educação financeira. Com mais conhecimento, cada pessoa pode fazer escolhas mais estratégicas e seguras.
Autor: Viktor Kolosov