Como destaca o empresário Teciomar Abila, uma das dúvidas mais comuns no início da jornada financeira é: devo guardar meu dinheiro em uma poupança simples ou devo investir em produtos com maior potencial de retorno? A resposta, no caminho realista para a construção de patrimônio, não é um “ou/ou”, mas sim um “e/e” aplicado em fases distintas.
Entender quando usar cada estratégia é crucial para evitar que seu dinheiro perca valor (guardar demais) ou para não assumir riscos desnecessários (investir sem base). Descubra agora o roteiro prático para equilibrar liquidez e rentabilidade, otimizando o seu crescimento financeiro! Continue lendo sobre a seguir.
Guardar para a segurança: a construção da reserva de emergência
O ato de guardar dinheiro é a etapa inicial e mais importante para a segurança financeira. O objetivo principal aqui é a liquidez (capacidade de resgate imediato) e a segurança, e não a rentabilidade. O dinheiro “guardado” tem um propósito bem definido: formar a reserva de emergência.

Essa reserva deve ser equivalente a 6 a 12 meses dos seus gastos mensais. Ela servirá como um colchão financeiro para imprevistos como desemprego, emergências de saúde ou reparos urgentes. O local ideal para guardar este dinheiro não é, geralmente, a poupança tradicional, que oferece rendimentos baixos. Opções mais eficientes e seguras incluem:
- Títulos públicos de liquidez diária (como o tesouro Selic);
- Fundos de renda fixa de baixo risco com resgate em D+0 ou D+1.
Como elucida Teciomar Abila, o propósito da reserva de emergência é comprar paz de espírito, e por isso a segurança e a liquidez devem ser a prioridade absoluta.
Investir para o crescimento: a construção do patrimônio
Após ter a reserva de emergência solidificada, é o momento de investir o excedente. O foco aqui se desloca da liquidez para a rentabilidade no longo prazo. Investir significa alocar o dinheiro em produtos que têm potencial de crescimento real, superando a inflação e fazendo o seu patrimônio crescer de forma exponencial via juros compostos.
Os investimentos devem ser escolhidos com base nos seus objetivos e no seu perfil de risco.
- Objetivos de curto prazo (1 a 3 anos): O dinheiro deve permanecer em Renda Fixa mais conservadora (CDB, LCI/LCA com vencimentos curtos);
- Objetivos de longo prazo (acima de 5 anos): Este é o capital para a renda variável, onde o potencial de crescimento é maior. Inclui Ações, Fundos de Investimento, Fundos Imobiliários e ETFs.
Conforme Teciomar Abila, é crucial entender que investir em renda variável envolve risco e volatilidade, mas, no longo prazo, historicamente, essa classe de ativos oferece os melhores retornos.
O equilíbrio entre risco e prazo: a diversificação
A chave para uma estratégia de investimento realista é a diversificação. A sua alocação não deve ser 100% “guardar” ou 100% “investir”. Ela deve ser um mix de ambos, ajustado conforme a sua idade e situação financeira.
Jovens com horizonte de investimento mais longo podem se dar ao luxo de ter uma alocação maior em Renda Variável (investir). Pessoas mais próximas da aposentadoria tendem a ser mais conservadoras, priorizando a manutenção do capital (guardar/Renda Fixa). Segundo Teciomar Abila, o investidor de sucesso sabe que a diversificação é o único almoço grátis no mercado financeiro, reduzindo o risco sem sacrificar o retorno potencial.
Quando o dinheiro “guardado” perde valor?
É importante salientar que guardar todo o dinheiro por longos períodos é uma estratégia perdedora por causa da inflação. A inflação é a perda do poder de compra da moeda. Se você apenas guarda o dinheiro em um lugar que rende menos que a inflação (como a poupança tradicional), seu dinheiro está, na verdade, diminuindo de valor real.
Por isso, o objetivo de guardar deve ser apenas a reserva de emergência. O restante do capital, que não será necessário nos próximos meses, precisa estar investido para, no mínimo, proteger-se da inflação e, idealmente, gerar riqueza.
Liquidez para o imediato, a rentabilidade para o futuro
A decisão entre guardar ou investir se resume a uma questão de propósito e prazo. Guarde o necessário para sua segurança (reserva de emergência) em locais com alta liquidez. Invista o restante para o seu futuro, alocando-o de forma diversificada e consistente. Como pontua Teciomar Abila, o caminho realista para a riqueza é o que equilibra a segurança do presente com a ambição do futuro.
Autor : Viktor Kolosov